Aconteceu na tarde desta quinta-feira (10) uma reunião no gabinete da secretaria de administração do estado com entidades que compõem o Conserv, a coordenadora do Planserv, Socorro Brito e o secretário de administração, Eldelvino Góes, para dialogar sobre o atendimento e as dificuldades enfrentadas pelo Planserv.
A coordenadora-geral do Planserv, Socorro Brito, abriu a reunião enfatizando os dados do Planserv. Segundo a apresentação, no último mês, a assistência garantiu 12,5 mil internações, que representam a aplicação de R$ 76 milhões na saúde do servidor público do Estado da Bahia e de suas famílias.
Informou que entre hospitais, clínicas, laboratórios e empresas de atendimento domiciliar, a rede de credenciados do Planserv chega a 1.500 prestadores de serviço. Além disso, entre fevereiro e julho de 2023, 55 mil internações e 198 mil atendimentos de emergência foram contabilizados entre os beneficiários do Planserv, e no mesmo período, foram autorizados 452 mil exames de imagem, como radiografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia. Desse modo, não é possível falar de falência em uma assistência para mais de quinhentas mil pessoas, oferecendo cerca de 636 mil consultas ambulatoriais e 5,8 milhões de exames laboratoriais realizados durante o primeiro semestre deste ano.
Cada representante das entidades teve em suas falas unanimidade sobre a necessidade de investimentos em comunicação; ampliação da rede credenciada, principalmente no interior do estado; necessidade de desenvolvimento de mecanismos de controle e fiscalização; de retorno às solicitações feitas por call-center com celeridade; de ações de fortalecimento do Planserv e de aumento da contribuição patronal que este ano encontra-se em 2,5%.
A diretora geral do Sintest-Ba, Daiana Alcântara, ressaltou que, “Infelizmente é muito comum nas redes sociais e grupos zap que o negativo acabe por reverberar mais que o positivo. Por isso é importante termos cada vez mais acesso à informações para poder sugerir e colaborar para melhorar nossa assistência. As dificuldades atravessadas não são novas e seu agravamento era previsível pelas questões orçamentárias, mas foram pioradas com a pandemia. Nossa assistência tem organização muito diferente de planos de saúde, além de ser por percentual salarial e não por idade, agrega netos sem limite de quantidade e é disponível para servidores estatutários, redas e cargos comissionados, inclusive os livre-nomeados quando se aposentam continuam com a assistência pagando mensalmente, não perdem o direito por não ser concursado. Assim, além das críticas, precisamos também dar sugestões e sobretudo conhecer bem nossa assistência. Espero que o Conserv continue atuando, ainda que não de forma deliberativa, e que o governo do estado responda com gestão e trabalho para fortalecer nosso patrimônio, que é o Planserv”.
Após escutar, o secretário Góes teceu suas considerações sobre as questões levantadas. Afirmando que “a conjuntura política e orçamentária atual é diferente do ano de 2018, porém as variáveis no que tangem aos atendimentos à saúde pós pandemia ainda são incalculáveis”. O secretário destacou que a assistência está com seu pagamento regular, que os prestadores têm seus recursos devidos pagos mensalmente. Concordou que existe pressão na oferta tanto na capital quanto no interior, ainda mais que recentemente quatro hospitais em Salvador saíram da rede credenciada, por outro lado, foram credenciadas quarenta novas clínicas neste ano contrato. A ampliação de atendimento no interior apresenta-se como um desafio, nesse sentido, informou que planeja realizar com a participação de conselheiros atividades itinerárias de credenciamentos.
Na oportunidade anunciou que em breve será lançado um APP que vai proporcionar aos beneficiários e beneficiárias acesso a informações diversas sobre a rede e acompanhamento das solicitações e status das autorizações. Disse que a Qualirede, foi um passo importante para a modernização, e que a instalação da Maida vai pavimentar ainda mais o que está sendo planejado. Por fim ressaltou que o Planserv tem a autogestão feita pelo estado e todo recurso investido na assistência e não tem nenhum tipo de retenção para lucro, corroborando portanto com o pensamento dos presentes de desenvolver ações portanto para seu fortalecimento, uma dessas ações é também o estudo para construção de um hospital para o servidor em Salvador que já está sendo desenvolvido.
Para o diretor geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia (SINTEST/BA), Firmino Júlio, é complicada a situação financeira da arrecadação do Planserv diante dos salários congelados. Ele destacou ainda que a estrutura do Plano precisa de ampliação e é necessário combater a fake news.
Também dirigente da CTB Bahia e do (SINTEST/BA), Daiana Alcântara propôs encaminhamentos como Disque Denúncia, para os servidores registrarem queixas; flexibilização dos credenciamentos e divulgação das novas redes credenciadas.
O Sintest-BA sempre esteve e continua à disposição para escuta e mediação das necessidades do(a)s associado(a)s, assim como a sua assessoria jurídica disponível.