O Centro de Educação Básica da Uefs é um dos pontos da pauta de luta da categoria. Desde que foi descoberto, em 2017, que o prédio da escola havia saído da lista de construção do governo estadual, o Sintest vem atuado politicamente para sensibilizar a Secretaria de Educação do Estado para retomada do projeto e fazendo ações que tragam melhorias para os problemas emergenciais que a escola apresenta.
No mês passado, o sindicato tomou ciência que o convênio entre a Universidade Estadual de Feira de Santana e a Prefeitura Municipal não havia sido renovado; buscando a solução do impasse apresentado no que se referia a vagas e sorteio, o Sintest atuou fazendo uma interlocução entre as partes e os termos do acordo entraram em consenso. Em reunião, ocorrida em 11 de julho, com o prefeito Colbert Martins e a secretária de educação do município, Jayana Ribeiro, o sindicato junto com a direção do Ceb apresentou uma lista de necessidades, entre elas a troca da areia do parquinho.
“Sabemos que no convênio que a parte de infraestrutura da escola é da responsabilidade da Uefs, mas decidimos sensibilizar a prefeitura no atendimento das necessidades emergenciais da escola. Foi muito importante o prefeito Colbert e a secretária Jayana atenderem os pleitos apresentados, computadores, freezer, caixas de som, armário e areia do parquinho serão imediatamente atendidos e outros, segundo eles, serão enviados ainda este ano. Politicamente vamos continuar buscando com a comissão de educação da Alba, presidida pela deputada Fabíola Mansur uma solução para o funcionamento adequado da escola junto à Secretaria de Educação do Estado, lembrando que o próprio governador Rui Costa, em reunião com o Fórum dos Técnicos sinalizou com possibilidades para a escola”, ressaltou Daiana Alcântara, coordenadora do Sintest.
Um dos pontos que mais mobilizou a prefeitura foi a mudança da areia que estava nos bancos, pois em 20 de julho de 2018, o sindicato havia solicitado a Administração Superior da Uefs providências; porém passado um ano, nada havia sido feito. A situação no último mês se agravou, pois foi noticiado entre a comunidade escolar que duas crianças tinham contraído Larva Migrans Cutânea (Bicho geográfico) e bicho de pé.
“Sinto-me triste e impotente por ver meu filho impedido de brincar no parquinho por conta de ter sido contaminado com o chamado popularmente de bicho geográfico. Ele terá que fazer um tratamento local e oral por dez dias, e passar por uma nova avaliação médica. Meu filho ama brincar naquele espaço, mesmo sem muitos brinquedos, no banco de areia ele joga bola, faz castelos, é uma diversão com seus amiguinhos. Explicar para ele que não vai poder fazer isso e fazer ainda esse tratamento é lastimável. Uma escola com tantas potencialidades, não pode permanecer nessa situação”, relatou Vivian Nascimento, servidora técnica, mãe de um estudante do CEB.
Com a troca da areia, foi solicitado pelo sindicato que a Uefs fizesse o cercamento dos bancos e que fosse feito processo de higienização regular no local. A universidade já fez uma análise técnica do pleito e tomou providências. “O cercamento será realizado através do contrato com a SUPAT e está em fase de descentralização de recursos para realização dos serviços”, respondeu a Uninfra, que também solicitou que a areia retirada do local fosse deixada pela prefeitura para a universidade utilizar.
O servidor analista universitário, Jadson Miranda Oliveira, engenheiro agrônomo lotado na Uninfra, dialogando com a direção do CEB e a coordenação do Sintest sugeriu que fosse utilizado o cal virgem antes de colocar a nova areia, e que seria ideal que fosse regularmente feita a manutenção com essa substância. “Diante do risco de proliferação de diversos micro-organismos, faz necessário um tratamento preventivo com cal virgem para reduzir os riscos das crianças serem novamente contaminadas por micoses e parasitas”, explicou.
“Essas mudanças nos dá a certeza que estamos no caminho certo. Lutar por um espaço digno de trabalho e para as nossas crianças estudarem é nosso papel. Agradecemos o empenho do Sintest, na luta pela melhoria das condições físicas da nossa escola”, destacou Érika Medeiros, diretora do CEB.
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