Carta aberta à população baiana

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Os servidores públicos acumulam uma perda salarial que já chega a 25%. Em 2013 e 2014, a reposição salarial foi feita de forma parcelada, e desde 2015, com o governador Rui Costa, o servidor público amarga o congelamento dos seus vencimentos, alguns recebem R$ 784,00 de salário-base.

Para que todos entendam o que significa essa situação no dia-a-dia de um servidor baiano, imagine que em 2013 você recebia um salário de R$ 2.000,00 e hoje, em 2019, recebe R$ 1.500,00. Neste período, tudo subiu de preço: transporte, remédios, alimentos. Mas o dinheiro que você recebe ficou o mesmo. É uma conta que não fecha.

Soma-se a isso que de lá para cá o governo aumentou o valor que os servidores pagam no plano de saúde, o Planserv, ao mesmo tempo em que sucateou o atendimento com a política de cotas, obrigando muitos a pagarem procedimentos de forma particular. No final do ano passado, além de aprovar uma lei para cortar mais R$ 200 milhões do Planserv, o que pode significar o fim do plano, o governador aumentou a contribuição previdenciária, de 12% para 14%. Ou seja, o governo tira com uma mão e tira, também, com a outra.

O resultado de tanta malvadeza é que muitos servidores baianos estão enfrentando enormes dificuldades para sobreviver. Cerca de 30 mil funcionários públicos do Estado têm hoje um vencimento básico abaixo do salário mínimo. É um quadro desesperador: salário congelado, plano de saúde precarizado, aposentadoria cada dia mais distante e custosa.

Enquanto os servidores enfrentam essa situação, o governo gasta com uma milionária campanha publicitária para divulgar que é um dos poucos estados que pagam salário em dia. Ou seja, gasta com propaganda o dinheiro que diz não ter para reajustar o salário, respeitar os direitos, cumprir as decisões judiciais e oferecer melhores condições de trabalho aos seus funcionários. Por esses e outros motivos os servidores do Estado paralisam suas atividades no dia 2 de abril de 2019. O movimento de 24 horas é um alerta ao governo para que abra as negociações com as entidades do funcionalismo público e encerre este ciclo de arrocho e confisco salarial. Funcionário público também é gente, com G: tem família, se alimenta, tem contas a pagar.

Sindsefaz / APLB-Sindicato / Sindsaude / Sintest-Bahia / Sinpojud

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