O movimento Setembro Amarelo, de conscientização sobre a prevenção do suicídio, ganhou mais força para ser lembrado este ano. Devido a pandemia do Covid-19, muitas pessoas precisaram praticar o isolamento social crescendo assim a necessidade da atenção à saúde mental. Para debater o assunto, o Fórum dos Técnicos realizou na tarde de ontem (08), live com o tema “Impactos da Covid-19: Agravamento da ansiedade, abuso de álcool, depressão e suicídio. Vamos falar sobre isso?”
A transmissão contou com a participação de Daiana Alcântara (presidente do Fórum dos Técnicos), Firmino Júlio, (Coordenador Geral do Sintest/Uneb), Rafael Bertoldo (Presidente da Afusc/Uesc), Márcio Dias (Presidente da Afus Sindicato/UESB), Daniela Betânia dos Santos e Carlos Messias Alves (tradutores em libras), Emanuela Cardoso da Silva (Profa.Dra. do Departamento Ciências de Saúde da UESC), Josiana Rocha (voluntária do Centro de Valorização da Vida-CVV) e Carmen Dantas (voluntária do Centro de Valorização da Vida-CVV). Luiz Ricardo (Coordenador do Sintest/Uefs) foi o mediador da live.
“O CVV (Centro de Valorização da Vida), foi fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar das suas dores e angústias, sob total sigilo e anonimato. É um trabalho prestado 24h através do número 188, redes sociais e e-mail”, destacou Carmen Dantas.
A voluntária ainda informou que a procura pelo o serviço de apoio aumentou durante o período da pandemia. “Nós estamos sempre procurando orientar e ouvir as pessoas, com compreensão e acolhimento. Devemos ficar atentos ao comportamento e sinais das pessoas perto de nós”, disse.
Segundo Josiana Rocha “O CVV traz para as pessoas possibilidade delas se reencontrarem. Qualquer um de nós podemos ajudar uma pessoa que está em sofrimento e prevenir o suicídio por isso é tão é importante não só estar conversando com o CVV, mas também com amigos e familiares”.
A voluntária ainda alertou sobre a importância de buscar ajuda de um profissional. “O CVV, não substitui nenhum profissional, é importante que a pessoa busque atendimento especializado seja com um psiquiatra ou psicólogo”.
Segundo a professora Emanuela Cardoso, o aumento do consumo de bebidas alcoólicas na quarentena é preocupante. “O consumo exagerado do álcool em casa durante o isolamento não é apenas uma preocupação sanitária, mas pode estar associada ao aumento dos casos de violência doméstica, por exemplo, ou ao uso insalubre de substâncias ilícitas”. A professora ainda disse que as mulheres são as mais afetadas na pandemia de coronavírus. “Pesquisas apontam que as mulheres estão sobrecarregadas, pois elas tem que se preocupar com o trabalho, aulas online das crianças, além das tarefas domésticas, e com isso ficam mais expostas psicologicamente”, explicou.
Em Feira de Santana, o CVV tem um núcleo funcionando na rua Senador Quintino, bairro Olhos D’água prestando apoio emocional à indivíduos com aflições pessoais e familiares. Para ser voluntário do CVV é necessário ter mais de 18 anos, dispôr de pelo menos quatro horas semanais e participar de um curso em um dos postos de atendimento ou virtualmente. A inscrição é gratuita e pode ser feita através do site https://www.cvv.org.br/voluntario
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