A diretoria do SINTEST-BA esteve presente, na manhã desta terça-feira, 5 de novembro, no seminário “Assédios em Debate: Ampliando Olhares, Ressignificando Práticas”, promovido pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), no Auditório 2 do Módulo 1. O evento, organizado pela Comissão de Prevenção de Assédios, Violência e Discriminação no Campus e nas Unidades Extra-Campus, reuniu alunos, professores e servidores para discutir formas de prevenir e lidar com questões de assédio, violência e discriminação no ambiente acadêmico.
A mediação do seminário foi conduzida pela professora Joelma Oliveira, Pró-reitora de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (Propaae). As palestrantes Lorena Peixoto, advogada especializada na área, e Caroline de Araújo Lima, professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e 1ª secretária do Andes-SN, compartilharam suas perspectivas e experiências sobre os desafios e as estratégias de enfrentamento relacionadas ao tema.
As exposições abordaram desde a importância da criação de espaços seguros no ambiente acadêmico até a análise das estruturas institucionais que podem contribuir para a perpetuação de comportamentos abusivos. Foi destacado o papel fundamental das políticas afirmativas e de apoio a grupos vulneráveis no combate à discriminação, além da necessidade de fortalecer a rede de acolhimento e apoio legal para vítimas de assédio e violência.
A criação da Comissão de Prevenção de Assédios, Violência e Discriminação no Campus e nas Unidades Extra-Campus, instalada pela Administração Central da Uefs em 29 de agosto deste ano, tem sido um passo importante para a construção de um ambiente universitário mais seguro e livre de abusos. O seminário foi um reflexo do compromisso da universidade com a promoção de um espaço de aprendizado inclusivo e respeitoso para todos. A Comissão conta também com a participação de representantes do SINTEST-BA, como as servidoras Sirlene Pereira Bispo e Leila Thainá Fontoura Bezerra, que contribuíram ativamente nas discussões durante o evento, reforçando o papel do sindicato na construção de um ambiente institucional mais saudável e respeitoso.
A diretora-geral do SINTEST-BA, Daiana Alcântara, também esteve presente no seminário e destacou a importância das discussões sobre o tema para reforçar o conhecimento e a identificação das situações. “Os processos de investigação de assédio têm trâmites que, muitas vezes, causam grande mal-estar pela demora. Hoje, esses processos passam pela PGE, o que frequentemente gera nos denunciantes a sensação de que não resultarão em nada. No entanto, as denúncias aos órgãos competentes são extremamente necessárias. O sindicato acolhe os/as associados/as, disponibiliza orientação jurídica, encaminha queixas, acompanha oitivas, cobra apuração, mas, como entidade, precisa respeitar o direito ao contraditório e os caminhos das investigações. Se não tomarmos os cuidados necessários e aguardarmos as instâncias julgarem, o/a acusado/a pode acabar se tornando vítima, em vez de ser punido/a. Infelizmente, o assédio moral ainda não é tipificado como crime, mas é possível desenvolver protocolos internos para combatê-lo. A Uesc deu um passo importante nessa luta, e aqui na Uefs estamos buscando também, junto à Comissão, criar uma regulamentação”, afirmou.
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